quarta-feira, 20 de junho de 2012

Tipos de resistência

Existem várias formas de classificar a resistência:


Quanto à massa muscular mobilizada:


- Resistência geral - é aquela em que é solicitada mais de 1/6 da massa muscular total, sendo limitada pelo sistema cardiorrespiratório, ou seja, é a capacidade de resistência, quando se utilizam grandes grupos musculares, como por exemplo, na corrida de fundo.


- Resistência local - é solicitada menos de um 1/6 da massa muscular total, sendo a mesma fundamental para os exercícios de braços como, por exemplo, no levantamento de pesos e no boxe. É determinada pela resistência geral, pela força e pela capacidade anaeróbia.


Observação: Quando um movimento exigir, para a sua realização, a participação de menos de 1/6 a 1/7 do total da musculatura esquelética, ele é localizado, (como já foi referido anteriormente), pois depende inicialmente do metabolismo local. Se o movimento for realizado várias vezes ou durante um tempo prolongado, este solicita a capacidade motora conhecida como resistência muscular localizada, sendo que este tipo de resistência se pode manifestar, utilizando as fontes de energia, aeróbia e anaeróbia, que irão ser descritas seguidamente.



              Quanto aos processos de obtenção de energia:


- Resistência aeróbia - é aquela em que há equilíbrio entre o oxigénio que está a ser requisitado para o trabalho muscular e o que é transportado pela circulação até esse tecido, ou seja, é uma qualidade física que permite a um indivíduo sustentar um exercício com uma intensidade e duração relativamente longas. A energia necessária para a realização desse exercício provém principalmente do metabolismo oxidativo.



- Resistência anaeróbia - é aquela onde há ausência de oxigénio e a energia é produzida através da fermentação. Esta divide-se noutras duas variantes: a resistência anaeróbia aláctica (nos esforços de pequena duração, quando a energia é obtida a partir da fosfocreatina[1], não se formando grandes quantidades de ácido láctico) e a resistência anaeróbia láctica (quando os esforços são mais prolongados e se recorre ao glicogénio[2], formando-se assim, grandes quantidades de ácido láctico no sangue). A resistência anaeróbia provoca fadiga bioquímica e neuromuscular.


Quanto à modalidade desportiva:


- Resistência geral - capacidade de executar um tipo de atividade independentemente do desporto praticado, que implique muitos grupos musculares e sistemas (sistema nervoso central, sistema cardiovascular e respiratório). As suas características principais são: por um lado, envolver o organismo na sua totalidade, por um período de tempo prolongado; por outro lado, não depender da disciplina desportiva, embora facilitando o sucesso em vários tipos de tarefas em treino.


- Resistência específica - é a forma de manifestação própria de um determinado desporto ou modalidade praticada. Pressupõe uma adaptação às condições de carga próprias da competição.



Quanto à duração do esforço:


- Resistência de curta duração (35 segundos a 2 minutos);
- Resistência de média duração (2 a 10 minutos);
- Resistência de longa duração,



A resistência de longa duração, divide-se em quatro níveis:

- Nível I (10 a 35 minutos);
- Nível II (35 a 90 minutos);
- Nível III (90 minutos a 6 horas);
- Nível IV (mais de 6 horas).





[1] Fosfocreatina – composto de aminoácidos armazenada nas nossas células (está presente nas fibras musculares e no cérebro)
[2] Glicogénio – hidrato de carbono de reserva do nosso organismo

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